Prefeitura Municipal de Pium

Lídia Teixeira / Trajano Coelho Netto II

Corria o ano da graça de 1913, quando em Belém do Pará, cidade das mangueiras banhada pelo Rio Guamá, nascia no dia 04 de maio, Carlos Peleja Rodrigues, personalidade que fez história no antigo garimpo de Piaus.

Em 1939, radicou-se na cidade goiana de Peixe, onde contraiu núpcias com D. Maria do Carmo Teixeira, filha da tradicional família de Juca Teixeira, mudando-se em seguida para Anápolis, onde morou até 1945, quando então fixou-se em Piaus, trabalhando no comércio de “secos e molhados” do sogro, chegando a abrir uma farmácia que vendia os mais procurados remédios da época.

Agente da empresa aérea Cruzeiro do Sul nos primórdios dos anos 50, pela representatividade conquistada, reconhecida popularidade e inegável benevolência, em 1953 candidatou-se a vereador conquistando o segundo lugar no pleito, vencido que foi pelo agropecuarista “Janoca” Barros, seu amigo pessoal.

A declarada influência política de Carlos Rodrigues Peleja foi comprovada por sua nomeação para Delegado Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás em 1960, pelas mãos do interventor Pedro Ludovico Teixeira, de quem tornou-se fraterno correligionário, função na qual se aposentou.

Faleceu em 26 de julho de 1981, deixando significativo legado para a cidade de Pium e sua gente, representado por eventos de natureza cultural e religiosa, além de trabalho que muito valorizou as classes menos favorecidas.

Em justa e louvável homenagem do Poder Executivo, o campo santo da cidade de Pium, tem como componente de seu belo conjunto arquitetônico, o Cemitério que leva por nome Carlos Rodrigues Peleja, que tem por ornamento de seu muro, obras de arte retratando as 14 estações da paixão de Cristo e um pórtico magistral, semelhante em proporção à história de vida daquele que foi postumamente homenageado.